Flávia Ellen – Desperta

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Desperta (Awaken) is the name of the new album from singer-songwriter and cultural activist Flávia Ellen.

“This album mirrors where I am, who I am. It communicates easily, it’s extroverted. But I do not believe in fixed truths. All this can change, I see art as a metamorphosis,” she says.

Self-financed, the album features some of the leading names of the music scene in Minas Gerais, including saxophonist and composer Chico Amaral (writer of many successes for Skank), producer Richard Neves, who also plays keyboards with Pato Fu, and rapper Tamara Franklin. Accompanying Flávia are: Léo Lana (drums), Larissa Horta (bass and backing vocal) and Daniel Brandi (accordion). Also on the album are Camila Rocha (acoustic bass), Cláudio Moraleida, Alexandre Tibits and Breno Machado (guitars), Helton Lima (drums), Juventino Dias (trumpet) and Leonardo Brasilino (trombone).

“The entire recording process lasted 10 months, I felt blessed as an artist because the album was exactly as I wanted it,” she says.

With musical influences ranging from Marisa Monte to Elza Soares, from Nina Simone and Amy Winehouse, and the poetic works of Clarice Lispector, the singer says, “I’ve always listened to a lot of pop, blues and black music. Talking with Richard Neves (music producer), I decided to have a strong presence of brass instruments.”

The horn arrangements make all the difference on Flerte and Desperta. Harmônico, Delicado Abril and Insensatez reflect the awareness about sexuality, so they are the most romantic tracks on the album and speak of passions that can be lived in different ways.

“These are songs that talk about love, but differently. It is a more active, voracious love for other women, myself and the world,” she explains.

“Of all the songs on the album, No Fio da Navalha is the only one I didn’t directly experience. At my Criminal Law classes at UFMG, the teacher was talking about the Maria da Penha Law, which targets gender based violence in Brazil. It was the first time I realised how violence against women was affecting me. I wrote the song originally as a samba. But I invited rapper Tamara Franklin to add something of her own. When I listened to the final result, I just shivered.”

Desperta is Flávia Ellen’s relationship with herself, her discoveries and her growth, but it is also a call to all, especially to women, to be aware of the realities of oppression, inequalities and having empathy for differences.

“For me, if there is one woman who identifies with what I am singing, then it’s already worth the investment. There is nothing more beautiful than to see a woman wake up, if she feels like herself, if she understands,”

The last song I wrote for the album also gave it its name. Desperta is a song about discovering myself Realising how machoism and homophobia oppressed me was not easy. But with courage I was loosening the bonds, untying the knots that prevented me from being who I am. Our strength and the answers are within us. They can be provoked by other people, but they are inside. We have a wild side that drives evolution. I feel like this today.

1. TRANSBORDA (Flávia Ellen / Rafael Guimarães Tavares da Silva)
Venha, faminta, se achega em mim / Se entrelace, me diz “tô a fim” Sem desengano, em nua paixão / Arranca minha roupa, me ama no chão
Aquele beijo estala em minha face / E marca a fogo o teu nome em meu peito Acende o coração, que satisfeito / Bate como se o beijo não queimasse
Bate como se não invadisse E meu corpo inteiro então dissesse / Da sua eternidade em mim
Venha, faminta, se achega em mim / Se entrelace, me diz “tô a fim” Sem desengano, em nua paixão / Arranca minha roupa, me ama no chão
Aquele beijo estala em minha face / E marca a fogo o teu nome em meu peito Acende o coração, que satisfeito / Bate como se o beijo não queimasse
Bate como se não invadisse E o corpo transbordasse em arrepio / No teu seio nu
Bate como se o beijo não queimasse / Bate como se não invadisse E o corpo transbordasse em arrepio / No teu seio nu / No teu seio nu

2. FLERTE (Flávia Ellen)
Era meia luz, olhei / Com o desconcerto de quem vê / Um fantasma em pleno sol Um sorriso clandestino / Agitada, ignorei / Era tarde o Carnaval
Veio pra incendiar / E pra tirar o ar / O frisson mexe comigo
Resolvi pagar pra ver / Cheguei perto, incomodei / Desviei pra longe o seu olhar Ali mesmo eu entendi / Que você queria, sim / O meu flerte e muito mais
Pode se aproximar / Pode encostar / Agora vem dançar comigo
Encosta o seu corpo no meu / Espero que você não diga não / Mal consegue respirar / Eu também não fico atrás Confesso que eu quero um tanto, mas / A noite já vai acabar
E a gente vai ficar? / Você quer passar / Só um tempo comigo?

3. HARMÔNICO (Flávia Ellen)
Quem de nós vai saber até onde a saudade chegará / Quem sabe até onde o amor Deixar escurecer a noite que me leve pra longe de você
E de você eu sei que o de repente acontece Pra você guardei o que é bem maior do que cabe em mim Do que cabe em ti
Sem aviso lhe causei leves arrepios / Me estampei num olhar, num riso bobo No seu rosto encontrei o silêncio do carinho ao qual me entreguei
Te entreguei de peito aberto meu afeto muito pouco acanhado Me encontrei no dizer baixinho que lhe deu os abraços meus No amor dentro dos braços seus
Te entreguei de peito aberto meu afeto muito pouco acanhado Me encontrei no dizer baixinho que lhe deu os abraços meus No amor dentro dos braços seus

4. DELICADO ABRIL (Flávia Ellen)
Vem pra perto e traz / Seu calor, seu aconchego / Vem, disfarça minha cor Tem seu monograma na parede / Que deixei pra quando voltar Traga sua metade / que ela se entende com a minha vontade
Vai provocar minha insensatez / E lidar com a avidez / Que seus olhos me causaram Vai me querer pelo avesso / Ao se lembrar do texto / Que meus dedos lhe deixaram Olha a minha mão / Te toca, nota e vota pra eu ser o seu condão
Sei que são só sentimentais / O seu amor, o meu ardor, o nosso andor Vê que vão e não voltam sem paz / A flor, o ardil, o azul anil, você e eu. Abril
Vai provocar minha insensatez / E lidar com a avidez / Que seus olhos me causaram Vai me querer pelo avesso / Ao se lembrar do texto / Que meus dedos lhe deixaram / Olha a minha mão / Te toca, nota e vota pra eu ser o seu condão
Sei que são só sentimentais / O seu amor, o meu ardor, o nosso andor Vê que vão e não voltam sem paz / A flor, o ardil, o azul anil, você e eu. Abril
Vejo então e a cada vez mais / No seu olhar, um brilho, um lar, num cílio o mar Coração não se cansa jamais / De ser pueril, de ser servil à porta que se abriu

5. JANELA DA ALMA (Flávia Ellen)
Em seu olhar, transparece um amor Que te sustenta o corpo inteiro e te traduz Se você deixar, vou te trazer pra perto de mim Sem más intenções, eu preciso de tão pouco ar
Quero ver atrás da porta e conhecer o que há dentro / Mas só o que quiser mostrar O pedaço de mistério, guarde pra você, mulher / Não há porque se derramar Me deixei levar por seu verde céu / É tão fácil entrar Pela janela da sua alma / Eu não pretendia demorar

6. PERTO (Flávia Ellen / Larissa Horta)
Te vejo tão bonita no meio das melodias / Quero te tocar três acordes e um refrão Encostar na sua mão da forma mais sadia / Colorir bastante claro E se alcançar seu coração
Canta pra mim bem puro / Quero sair do escuro Esse seu tom tão duro / Cheio de mistério pra encantar / Meu sorriso ao passar
Não sei até onde devo entrar / Mas se eu deixar de te olhar O meu ruído pode se perder Se eu esquecer de guardar o sorriso deixado Eu acho que passo de lado, sem graça, sem laço Sem ter sentido você / Sem ter sentido em você
Canta pra mim bem puro / Quero sair do escuro Esse seu tom tão duro / Cheio de mistério pra encantar / Meu sorriso ao passar
Te vejo tão bonita no meio das melodias / Quero te tocar três acordes e um refrão

7. NÓ (Flávia Ellen / Maíra Baldaia)
Afinar as rimas e pousar junto onde há um sentimento bom Quando a gente sente junto a calma que um elo traz Tecer as melodias e enxergar junto a força da empatia Quando a gente abraça junto a alma que um elo traz
Botar fé nos sinais / Que tudo vai bem / Esquecer o medo / Que tudo vai bem
No dentro, é saber que o que transcende é algo a mais É não doer a dor do outro, o ler e ajudar só com o olhar No efêmero, é perceber a raridade dos céus dos dias simples É ser o canto amigo, amor que deixa livre e entrelaça só se precisar
Confiar nos reencontros de riso fácil Olhar e ver que o outro também crê Na beleza que acende o peito
Botar fé nos sinais / Que tudo vai bem / Esquecer o medo / Que tudo vai bem

8. INSENSATEZ (Flávia Ellen / Rafael Guimarães Tavares da Silva)
Se achega e encontra em mim o teu alento / dentro do meu peito que há de fazer você ficar / Escreva-me qualquer sentido em teu corpo no fascínio do teu rosto, nosso “sobre-amor” a desejar
Teus segredos trocando olhares com os meus No meu sossego dormente, motivo evanescente / Que se desfez na minha insensatez Encontra em mim tua paixão tardia Que em vida não lhe concedeu, o tempo / Mas que lhe concede agora a poesia

9. NO FIO DA NAVALHA (Flávia Ellen / Rap de Tamara Franklin)
Sai pra lá com esse papo de benzinho / Baixo calão Junte seu trapos inteiros / Com os pedaços farei pano de chão
Leve da minha casa o caos / Não me aponte mais seus paus
Quebrarei esse ciclo infernal / E sua desordem nunca mais será igual
Seu beijo é bom, eu sei / Na cama é bom também / Mas bom igual a você Meu bem, tem mais de cem / Infelizmente / Não deu bom pra gente É que você não suporta uma mina mais inteligente que você Saia por onde entrou, bebê / Leve suas tags / Esse back to back Toma aqui sua peita do Tupac / Hit the road, Jack And don’t come back, don’t come back / Pó’ parar de pensar que eu me calo Eu te quis, me entreguei, te esqueço num estalo Minhas unhas vermelhas, meu som tá no talo Meu mundo não gira em torno do seu falo
Carregue pra bem longe o desamor / E as suas mãos Que pra mim foram levantadas / Se voltar, vai sair de camburão Vai conhecer o meu poder / De sentir, sobreviver
Acabou, seu abuso foi em vão / E as amarras se foram do meu coração

10. DESPERTA (Flávia Ellen)
Quando o mundo me quebrou / Em pedaços, ao meio Em cacos que não se colam mais / Eu me virei do avesso / Ao meu interno inteiro Fui rompendo as minhas linhas em paz
Eu escancarei meus medos e prisões / Meus cadernos sem nexo Até sangrar em emoções Perdi, refiz meu chão / E gritei às minhas cruzes Sou loba de selvagem coração
Sou bicho solto / Reflexo e espelho Água viva que queima a pele só de imaginar Me atravesso, me distribuo / Me devolvo a mim em cores bem diversas Em amores, pra me esparramar
Eu escancarei meus medos e prisões / Meus cadernos sem nexo Até sangrar em emoções Perdi, refiz meu chão / E gritei às minhas cruzes Sou loba de selvagem coração Sou loba de selvagem coração Sou loba de selvagem coração

Email: contato@flaviaellen.com.br
http://www.flaviaellen.com.br
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http://www.instagram.com/flaviaellen
http://www.soundcloud.com/flaviaellen
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http://www.youtube.com/flaviaellenoficial

Art and photos: Lorena Zschaber
Final artwork: Bárbara Donhini
Make-up: Giovana Lima

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